sexta-feira, 1 de março de 2013

PLANO DE AULA


Algarismos Romanos

Estrutura Curricular


4º ano do Ensino Fundamental

Objetivos


  • Promover a compreensão da necessidade de se criar um sistema de numeração;
  • Identificar diferentes sistemas de numeração;
  • Proporcionar aos alunos apropriação do uso e identificação dos algarismos romanos, em especial;
  • Analisar a composição, valor e posicionamento da numeração romana; e
  • Aproximar o processo de leitura e  escrita dos algarismos romanos;

Duração das atividades


2h/aula

Conhecimentos Prévios


  • Noção básica sobre os algarismos indo-arábicos, bem como capacidade de identificação do significado de cada uma das letras do alfabeto brasileiro.

Previamente à ocorrência da aula, será solicitado aos alunos que pesquisem sobre diversos sistemas de contagem. Salienta-se a necessidade de incentivá-los a procurar sistemas não muito conhecidos a fim de promover curiosidades e diversidade.

Recursos


  • Revistas, jornais, relógios, livros, enfim, várias coisas que possam  ilustrar o conteúdo;
  • Texto com a história dos algarismos romanos -  pode ser elaborado com auxílio da internet.

Estratégias


Motivação:
Inicialmente, cabe aos alunos apresentação do resultado de sua pesquisa, para que os demais colegas conheçam outras formas de representação de números
Ao professor cabe questionar aos alunos o que sabem sobre o tema (Algarismos romanos), caso não tenha sido apresentado nas pesquisas individuais. Caso tenha sido apresentado, ressaltar aspectos relevantes e citar outros que não tenham sido abordados.
E em seguida, apresentar-lhes a origem histórica da simbologia numérica tema da aula.
Leitura de texto simples com apresentação histórica é suficiente para esta etapa da motivação.
Vale questionar o motivo desses métodos não serem largamente utilizados diariamente.
transformem as datas de seu nascimento e de familiares em algarismos romanos;

Avaliação


Com a turma dividida em grupos de quatro, proponha que façam decodificação e reescritura em romanos de numerais cardinais.

Em seguida, ainda divididos em grupos, proponha que representem, corporalmente, o número indicado, utilizando ou não a ajuda de um ou mais colegas do grupo.

Através das atividades propostas será avaliada a capacidade dos alunos na utilização das regras de identificação e composição dos algarismos romanos.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

O movimento na educação Infantil


O Movimento e a Dança na Educação Infantil

O movimento é um dos fatores que contribuem com desenvolvimento e com a cultura humana, pois as crianças estão em contato com ele desde que nascem, onde adquirem cada vez mais controle sobre o seu próprio corpo e se apropriam das possibilidades de interação com o mundo em que vivem. A inúmeras possibilidades de movimento (engatinhar, caminhar, manusear objetos, saltar, correr, brincar sozinha ou em grupo) que uma criança pode experimentar possibilita uma linguagem que a permite agir sobre o meio físico e atuar sobre este de maneira significativa.E isto foi percebido pelas pessoas engajadas na Educação Infantil: “a necessidade das atividades de Movimento para as crianças”. No entanto, muitas vezes isto se restringe a brincadeiras nos aparelhos do parque, jogos de correr, brincadeiras livres nos espaços internos e externos da escola e brincadeiras de rua, todas elas permeando o objetivo de recreação: “[...] É importante que o aspecto lúdico seja desenvolvido nas crianças, com a finalidade de recrear-se. Entretanto, os objetivos do componente curricular “Movimento” para a Educação Infantil não podem resumir-se na visão de recreação” (MELLO). 
Ao analisar o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, é possivel verificar que o Movimento é, ainda, concebido em uma visão orgânica: “[...] As capacidades de ordem física estão associadas à possibilidade de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, ao auto conhecimento, ao uso do corpo na expressão das emoções, ao deslocamento com segurança. As capacidades cognitivas estão associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar, o uso e apropriação de formas de representação e comunicação envolvendo resolução de problema” (MELLO)
É como se o movimento estivesse relacionado apenas ao corpo, e o pensamento não fizesse parte dele. E isso esta presente nos objetivos de toda a proposta de Educação Infantil, tanto para zero a três anos, como para quatro a seis anos. Entretanto, a Educação Física que vem sendo discutida atualmente, como já fora citado, não tem como único objetivo o desenvolvimento das habilidades e capacidades físicas, ela tem como foco enquanto componente curricular educar a criança para a vida, desenvolvendo habilidades necessárias para a inserção desta criança nos diferentes ambientes da sociedade.
Ainda que os objetivos educacionais apresentados no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (1998), privilegiem a ampliação das possibilidades expressivas do próprio movimento utilizando gestos diversos e o ritmo corporal nas suas brincadeiras, danças, jogos e demais situações de interação, além da exploração de diferentes qualidades e dinâmicas do movimento, como força velocidade, resistência e flexibilidade, ainda assim buscam o desenvolvimento de habilidades e capacidades físicas.
Não basta uma Educação Física sob a visão de apenas movimentar-se, ela tem que ir mais além do desenvolvimento das capacidades físicas.
Segundo Le Boulch, toda a educação pressupõe tomar decisões enquanto á finalidade da ação educativa.O objetivo é favorecer o desenvolvimento de um homem capaz de atuar num mundo em constante transformação por meio de um melhor conhecimento e aceitação de si mesmo, um melhor ajuste de sua conduta e uma verdadeira autonomia e acesso às suas responsabilidades no marco de sua ação social, possibilitando através de sua ação sobre atitudes e movimentos corporais. A Educação pelo Movimento não ocorre isoladamente, mas no homem como um todo, onde este movimento dentro de um contexto seja ele jogo, trabalho, expressão, adquire significado.

Como pudemos perceber, o movimento é o meio de expressão fundamental das crianças na Educação Infantil, isto porque o espaço entre a emoção e ação é menor quanto mais jovem for a criança. Considerar todas essas dimensões do movimento nos permite uma visão mais ampla para a preparação de atividades, projetos e conteúdos que melhor contemplem o movimento dentro das escolas de Educação Infantil.
No mundo ocidental a “Dança-criativa”, “Dança-educativa” ou “Dança-educação” são modalidades similares na área de Dança no contexto escolar. No Brasil, essa modalidade foi também batizada de “Expressão Corporal”, “Dança-Expressiva” ou até mesmo de ”Método Laban” (Marques)
Então seja a Dança como for chamada, ela permite que a criança se aproprie de seus corpos, possibilitando uma comunicação corporal. Para Laban, a criança tem o impulso inato de realizar movimentos similares a Dança. Esta vontade inata da criança de fazer movimentos do tipo de dança é uma forma inconsciente de extroversão e exercício que a introduz ao mundo da influência de movimento e fortifica suas faculdades espontâneas de expressão.
Portanto, nada mais pertinente que o trabalho de dança seja explorado dentro das escolas de Educação Infantil, uma vez que ela supõe na educação um aprendizado que integra o conhecimento intelectual e a livre expressão do aluno, visando não apenas proporcionar a vivência do corpo e diminuir tensões, mas favorecer a criatividade da criança, onde o trabalho com o seu corpo gere uma maior consciência corporal, para que esta criança possa compreender o que passa consigo e ao seu redor, tornando-a mais espontânea e conseguindo expressar seus desejos de modo mais natural.

(FONTE: http://fazendodancanaescola.blogspot.com.br/2009/03/o-movimento-e-danca-na-educacao.html)

Vídeo Educativo - O Folclore Brasileiro

Este vídeo faz parte de um trabalho desenvolvido em sala de aula. A ideia central deste trabalho era uma aula para alunos de educação infantil ou ensino fundamental. Escolhi como tema o folclore brasileiro.
Espero que gostem! =)






Como trabalhar a dança




A definição que se dá a ela é um ponto de discórdia entre especialistas. O Referencial Curricular Nacional detalha apenas o trabalho com movimento - incluindo conteúdos de expressividade, equilíbrio e coordenação - e dilui algumas orientações didáticas. Se considerada uma atividade de técnicas e passos predeterminados relacionados a cada estilo - o que acontece freqüentemente -, a dança se torna uma prática inadequada para a faixa de 4 a 5 anos. 
Há, no entanto, diversos especialistas que discordam dessa linha, como Márcia Strazzacappa, da Universidade Estadual de Campinas. "Dança é todo movimento humanamente organizado com uma intenção", define. Por trás desse conceito está o pensamento do etnomusicologista e antropólogo britânico John Blacking. Sem estar aprisionada a formatos, ela pode ser vivenciada por pessoas de qualquer idade. "O que varia é a metodologia de ensino", alerta Isabel.

Como começar 
Antes de trabalhar essa manifestação artística com a turma, o professor precisa investigar e conhecer seus próprios movimentos - afinal, ele é uma referência importante. "O ideal seria uma capacitação com especialistas", avalia Samantha Schleumer, coordenadora pedagógica da EMEI Brigadeiro Eduardo Gomes. Mas é um bom ponto de partida fazer atividades de exploração de movimentos junto com as crianças - em vez de só pedir que elas se mexam - e fugir de coreografias estereotipadas.
Samantha conta que, apesar de muito criativa, a garotada já tem um repertório pronto, com muitas referências vistas na TV. Em momentos como festas de aniversário na escola, não há mal nenhum em dançar de maneira conhecida. No entanto, quando há objetivos pedagógicos, a atividade deve ter como meta principal a ampliação dos conhecimentos sobre o corpo em movimento.
Na fase pré-escolar, deve-se levar a meninada a conhecer, explorar e experimentar diferentes maneiras de se deslocar pelo espaço e interagir com os colegas, percebendo e acompanhando ritmos e melodias. A escolha das músicas é parte essencial para um projeto com esse fim. A equipe de professores da EMEI recomenda levar para a sala CDs do grupo paulistano Barbatuques e do músico norte-americano Bobby McFerrin (que usam o corpo para fazer música), de Naná Vasconcellos (instrumental) e de nomes da MPB, como Tom Zé. É importante ainda ampliar as referências, abrindo a possibilidade de apreciação de vídeos e fotos de espetáculos coreografados.

Movimentos divertidos 
ARTICULAÇÕES Ao imitar as posições em que está a boneca, a garotada aprende várias formas de se dobrar
ARTICULAÇÕES Ao imitar as posições em que está a boneca, a garotada aprende várias formas de se dobrar
 A referência teórica é o bailarino e educador Rudolf Laban (1879-1958), que criou uma ciência chamada coreologia. Para ele, dança é articulação entre dançarino, som, movimento e espaço - os dois últimos amplamente abordados em sala. Os pequenos compreendem o movimento - o que é, onde ocorre, como acontece e com quem se move - em jogos divertidos. Num deles, cada criança movimenta o amigo ao som da música.

Para tratar do espaço que cada um ocupa, as professoras abordam aspectos como os plAnos (largura, profundidade, altura), as direções (à esquerda, à direita, à frente e ao fundo), a distância (perto ou longe) e os níveis da dança (alto, médio e baixo). "Os pequenos percebem que há diferentes possibilidades de se mover ao som de uma música: podem estar agachados, sentados e até mesmo deitados no chão", exemplifica Samantha.

Outras questões relevantes para o projeto da escola estão ligadas às formas que o corpo adquire nas atividades. Uma possibilidade é o uso das tensões espaciais: se movimentar utilizando os vazios. Por exemplo, colocar uma das mãos na cintura e passar a outra por dentro. É o que se chama de perfuração. Outro conceito desenvolvido é o de preenchimento - que se dá quando duas delas dão as mãos e outra se coloca no meio.

Um dos resultados mais significativos do projeto foi a criação de danças para a festa junina. Ao som de compositores como o italiano Antonio Vivaldi (1678-1741), as crianças montaram coreografias para contar a importância cultural da data - todas diferentes da tradicional quadrilha, apresentada no fim do evento. "Alguns pais ficaram deslumbrados. Outros levaram um choque, mas já estão entendendo nossa proposta", conta a coordenadora. A consultora Isabel Marques ressalta a importância de valorizar o momento de criação aberto pela escola. "A dança é uma maneira de expressar idéias e emoções. Isso não pode ficar de fora quando se quer formar crianças que descubram o prazer dos movimentos."

(FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/4-a-6-anos/danca-criativa-422886.shtml)

O mundo dos surdos e a dança



Ângela Baasch, deficiente auditiva, dançando para os alunos da EM Nossa Senhora do Carmo. Foto: Marcelo Almeida

O mundo dos surdos não é uma calmaria só porque nele não existem sons. As pessoas que não escutam são sensíveis à vibração do ar causada pelos ruídos e têm uma percepção extra que as faz reconhecer ritmos e notar quando alguém se aproxima. "Não ouço nada, mas sinto tudo. E isso me deixa feliz", diz Ângela. Aluna da 4ª série da EM Nossa Senhora do Carmo, em Curitiba, ela também é atendida por profissionais do Centro de Reabilitação Sydnei Antonio (Cresa), da Universidade Tuiuti do Paraná, onde aperfeiçoa o conhecimento em libras (Língua Brasileira de Sinais) e em Língua Portuguesa, aprende leitura labial e a se expressar oralmente.
"Ângela adora dançar. E precisa ter música", conta Ivanir Baasch, mãe da menina e de mais cinco filhos, três deles surdos. A comunicação em casa é feita com gestos, leitura labial, oralização e uma lousa na sala de jantar. "Ela me ensina as palavras certas", afirma, orgulhosa, a dona-de-casa, que parou de estudar na 2ª série e quer que a filha tenha uma profissão, case-se e seja mãe.
Na hora do recreio, Ângela exibe coreografias para as amigas, que imitam seus movimentos sintonizados com o ritmo que sai das caixas de som. A professora da 4ª série, Rosana Chicoski Francisco dos Santos, elogia o desempenho da menina: "Ela é esforçada e atenciosa. Fazemos atividades, com todos os alunos, nas quais as habilidades de Ângela sejam valorizadas", diz. Os especialistas do Cresa estão sempre em contato com os colegas da escola regular para tirar dúvidas e sugerir estratégias.
Além de se comunicar por libras, o surdo também pode aprender a falar pela metodologia da oralização. Nela, treina o reconhecimento de ruídos e sons e exercita a respiração e os órgãos que ajudam na fala. A técnica estimula o uso de aparelhos que amplificam os sons. Mas é preciso sentir-se confortável. "Aprender a falar não pode ser uma imposição, como foi no Brasil até a década de 1990, resultando em graves problemas escolares", adverte Ana Dorziat, professora da Universidade Federal da Paraíba. Só nessa época começou a ser aceito o bilinguismo, que é se comunicar em língua de sinais e ser alfabetizado na língua dominante. Há ainda a metodologia da comunicação total, que permite oralização e uso de gestos. Um exemplo é a Língua Portuguesa sinalizada, um código gestual para a estrutura do idioma (diferentemente de libras, que tem sistema linguístico próprio).

Planejamento a oito mãos
Mesmo que a criança surda aprenda todas essas técnicas, a visão é para ela o sentido mais importante. Por meio dela, entende o mundo. Isso a torna imprescindível no processo de aprendizagem. "Se houver fotos e ilustrações na sala regular, não é preciso mais nada de especial", diz a educadora Mirlene Ferreira Macedo, do Complexo Educacional Ameduca, em Uberlândia, a 560 quilômetros de Belo Horizonte, com três alunos surdos.
Além das salas decoradas com maquetes, pôsteres e cartazes, a escola conta com três profissionais especializados que usam recursos visuais diariamente: a instrutora de libras (que ensina língua de sinais); um professor com conhecimento em libras (responsável por explicar os conceitos das diversas disciplinas com sinais) e a professora de Língua Portuguesa, como segunda língua do aluno surdo, que o ajuda a memorizar a estrutura do idioma para usar nos textos escritos.
O trio acima junta-se ao professor da sala regular para fazer o planejamento. Exemplo: aulas sobre o antigo Egito. A instrutora de libras ensina os sinais que se referem ao contexto do conteúdo (faraó, pirâmide, sepultamento etc.) e ainda inicia os ouvintes da comunidade na linguagem. Já o professor em libras trabalha os significados desses conceitos e vocábulos. Tudo sempre com muitas figuras para ilustrar. É papel da professora de Língua Portuguesa ajudar todos a compreender e a elaborar textos escritos. Sua atuação é fundamental, porque em libras não há conjugação de verbos nem preposições ou artigos. Se o surdo quiser comunicar a frase "a menina vai à escola", pode fazer os sinais referentes aos substantivos e ao verbo em qualquer ordem. Porém, se quiser registrar essa mesma idéia no papel, precisa conhecer a estrutura formal do idioma.
Por isso, os alunos com deficiência auditiva têm atraso na escrita de quatro anos, segundo Fabíola da Costa Soares, professora da disciplina na Ameduca, mas com esse acompanhamento estão aptos para aprender com os demais. "É importante que pais e professores saibam que esses estudantes têm o direito de ser educados também por especialistas na sua primeira língua (libras)", explica Ana Dorziat. "Se não for assim, eles estarão excluídos do processo de aprendizagem."


(FONTE: http://revistaescola.abril.com.br/inclusao/educacao-especial/musica-danca-incluir-deficientes-auditivos-563717.shtml?page=0)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A Dança na escola!



A dança é, sem dúvida, uma das maiores catalisadoras da manifestação e expressão do movimento humano. No âmbito educativo, ela é pedagógica e ensina tanto quanto os esportes, jogos e brincadeiras. A dança pode (e deve) ser usada como meio de crítica social para o questionamento de valores preestabelecidos, padrões repetitivos e modismos, como, por exemplo, as coreografias com fortes apelos sexuais, que aparecem incessantemente em programas de TV.
Além disso, a dança, como processo performativo, está ligada à estética e à plástica, podendo trabalhar não apenas com o movimento, mas com sensações e sentimentos. Quem não se emociona ao acompanhar um espetáculo de dança? Seja clássica — como o balé —, popular — como a "dança de rua" — ou folclórica — como a chula, o fandango, o forró e o baião —, a dança é um forte estímulo de percepções sensoriais. Ritmo, sonoridade, visão e expressão são capacidades levadas ao extremo nessa prática corpórea.
Mas, afinal, como a dança pode ser inserida nos currículos de Educação Física dos ensinos Fundamental e Médio?
A resposta é mais simples do que se pensa, pois, ao contrário do que muitos professores acreditam, a última preocupação que se deve ter com relação à finalidade da dança diz respeito à ação performática. Em outras palavras, o professor não precisa demonstrar amplo domínio de estilos e técnicas de dança, mas, simplesmente, coragem para “quebrar” determinados preconceitos ligados a ela.
Por meio da dança, o professor pode trabalhar vários conteúdos:
1) A diferença entre gêneros — meninos e meninas têm comportamentos diferentes que podem ser facilmente notados e trabalhados por meio da dança.
2) O domínio corporal e a ritmicidade — o dançarino tem um domínio lógico espaço/temporal bastante desenvolvido. Assim, dominar ritmos pode contribuir para as ações do cotidiano, auxiliando em atividades do dia-a-dia.
3) A diversidade cultural e os variados estilos — de região para região, o estilo de dança varia bastante, pois na cultura brasileira existem várias culturas regionais que são formadas de acordo com o modo de vida de seus habitantes.
A dança é um meio quase ilimitado de aprendizagem. Mas o professor deve tomar cuidado ao trabalhá-la como conteúdo educativo: ele não pode, de maneira alguma, reforçar modismos, que geralmente são lançados pelos meios de comunicação de massa com intenção exclusivamente comercial. Ele deve alertar seus alunos sobre os interesses da indústria cultural para que seu trabalho não omita a existência dos estilos comerciais, mas desperte o senso crítico de seus educandos a respeito deles.
Finalizando, cabe ressaltar que, assim como em relação aos esportes, nada impede o educador de desenvolver a dança como um trabalho que vise à performance, desde que, para isso, sejam convidados alunos que possam treinar em horários extracurriculares, como em contraturno, por exemplo. E aqueles que ainda não dominam a dança também podem ser iniciados na prática, cabendo ao professor dividir as turmas de acordo com o nível de habilidade dos alunos.
O importante é não temer a dança, pois ela trabalha valências ecléticas e fundamentais ao desenvolvimento humano, como o condicionamento físico geral, a capacidade cardiorrespiratória, a sociabilização, o equilíbrio, a destreza e a coordenação motora fina.

Matéria do site http://www.educacional.com.br